sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

elaDani

Ela .. nasceu na década de oitenta, onde o que inspirava o mundo eram cabelos bem repicadinhos, músicas do balão mágico e botas da Xuxa. Mas seu sonho nunca foi ser paquita, quem sabe uma Shera para ter poderes mágicos. A casa que mais se lembra tinha azaléias no jardim, um pé de fruta cítrica (limão ou laranja) que adorava aguar e um dálmata pra correr, que chamava de kinho. Vô Otávio fazia os deveres da escola e deixava cantar “a barata na careca do vovô”, brincavam como se fossem da mesma idade. Mas seu sonho era um irmão para cuidar. Veio depois de alguns anos. Adriano. A mãe morria de medo dela deixar cair, trocar fralda e furar a barriguinha com alfinete, essas coisas engraçadas. Mas ela jurava ter o maior cuidado. Era tão pequena que não sabia quanto o amava. Mas hoje sabe bem .. e como ama. As férias passava na fezenda, nem tomava café e queria andar de cavalo, uma égua mansa que só, chamada Ciça. E assim passava as férias com a Vó Maria, às vezes só as duas, as vezes mais companhias. Nessa vida é branca na poesia - e muitas das vezes rosa - mas negra demais no coração. Que até faz lembrar uma dessas passagens, também, da fazenda, lá pelos seus cinco anos de idade, onde Gerárda Lázara disse: vem cá pra sua mãe preta te benzer. E ela disse: preta não, marrom escura do cabelo bom. Com o passar do tempo se descobriu em muitas coisas. Tem apreço por minuciosos detalhes e poás. A música sempre permeou seus encantos. Música boa, dessas que mexem com a gente, faz cantar sem saber, faz sambar sem se ver. Dessas que o pai nunca a deixou esquecer. Lóis bem queria que ela aprendesse a pilotar avião, mas mal sabia que ela morre de medo de alturas .. afe, até hoje. Mas sabe voar com os pensamentos e com os olhares .. como voa! E assim, também, fotografa. Ultimamente o que mais prende seus olhares são as peripércias do mundo felino. Marieta e Carlota Joaquina. Um presente que veio dos muros de casa, pra não dizer dos céus. Os amigos leva no fundo do peito, por mais que não os saibam, por mais que não os veja. Ama plantas, mas está aprendendo a cuidar ainda. Essas de jardim. Quanto às da mata precisa de contatos, sempre que pode. Agora, algo que aprendeu a mimetizar-se foi em água. Passa horas dentro, como se dividisse em gotas, liquefazendo-se. Prefere o Mar, mas com o pé em minas, nem sempre dá. Quem sabe um dia vira baiana? .. A mãe sempre sonhou com a filha, arquiteta de grandes estruturas metálicas. Mas ela gosta de barro pra pisar e moldar. De madeira pra erguer. E harmonia pra viver. Hoje, só tem um desejo, que o dia termine bem! .. Dani.

Um comentário:

  1. menina rosada
    encanta com canto
    e no silêncio do seu canto.
    deixa saudades!!!
    *tico

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